Em 2020, registaram-se mais sete novas praias na lista de zonas balneares acessíveis a cadeiras de rodas; no total, há 207 praias que venceram o galardão "Praia Acessível".
De norte a sul do país, a costa portuguesa volta a ser exemplo. Diz o Turismo de Portugal que os municípios e concessionários voltaram a aderir em massa a esta iniciativa inclusiva, "que tanta relevância assume para os cidadãos com deficiência ou limitações de mobilidade, apesar das restrições existentes devido à pandemia COVID 19".
No terreno decorre ainda a fase de verificação anual, para que se analise o cumprimentos das condições de acessibilidade exigidas para que o galardão possa ser atribuído. A informação vai sempre sendo atualizada, a par da entrada de novas praias para a lista.
Vejamos então os números:
- 182 praias estão no Continente, 18 nos Açores e 7 na Madeira;
- 162 são zonas balneares costeiras;
- 45 são no interior;
- 174 das praias com o galardão têm cadeiras anfíbias ou outros meios equivalentes para que as pessoas com deficiência possam entrar na água.
"A segurança é a sua praia!" foi o lema escolhido para este ano, muito devido à pandemia que ainda assola o nosso país. Assim, a necessidade de se cumprirem à risca das regras de proteção pessoal é imperiosa. A Sensicare aconselha a leitura do Manual de Utilização das Zonas Balneares, criado pela Agência Portuguesa do Ambiente, tal como o Plano de Desconfinamento especial para as praias.
Nesta época balnear, as praias que venceram esta distinção continuam a contar com os equipamentos de apoio ao banho de pessoas com mobilidade condicionada ou reduzida. O restante equipamento lúdico, porém, deixa de estar disponível devido às restrições impostas pelo coronavírus.
Ainda assim, todos os equipamentos anfíbios terão de ser altamente higienizados e secos ao sol após uma utilização, antes de serem novamente usados.
Este projeto começou em 2004 e as primeiras praias galardoadas foram em 2005; esta foi uma parceria entre o Instituto Nacional para a Reabilitação, a Agência Portuguesa do Ambiente e o Turismo de Portugal. "O seu principal objetivo é dotar as zonas balneares de um conjunto de condições que permitam o seu uso universal, sem que se ponha em causa a idade e as dificuldades de locomoção ou mobilidade", afirma esta última entidade.
Ainda de acordo com este organismo público, estas são as condições de atribuição do prémio:
- Acesso pedonal fácil;
- Estacionamento ordenado com lugares para as viaturas ao serviço das pessoas com deficiência;
- Acesso à zona de banhos de sol por nível, por rampa ou com recurso a meios mecânicos;
- Passadeiras no areal, sanitários e posto de socorros acessíveis.
"A existência de equipamentos que permitam o acesso ao banho, ou ao passeio na praia - cadeiras de rodas, canadianas e andarilhos anfíbios - não constitui um requisito obrigatório para a obtenção do galardão, por ser inviável implementá-lo nalgumas zonas balneares. No entanto, constitui uma mais-valia recomendada pelo Programa".
A par do Programa Praia Acessível, foi também criado o Prémio Praia + Acessível - que distingue as praias nacionais, costeiras ou interiores, que após terem recebido a bandeira Praia Acessível durante a época balnear, evidenciaram as melhores condições de acessibilidade. São assim uma referência nacional, "pela qualidade do usufruto da sua oferta de serviços e bem-estar que proporcionam às pessoas com mobilidade condicionada".
Os primeiros e segundos classificados recebem prémios, sendo eles equipamentos destinados a melhorar ainda mais as condições já existentes. O júri pode ainda atribuir uma menção honrosa.