Com os mais recentes casos confirmados do novo coronavírus em Portugal, a Sensicare ajuda-o a compreender melhor que tipo de doença é esta e como se pode proteger.
Existem outros tipos de coronavírus?
A resposta é sim. Os coronavírus provocam doenças no ser humano, na forma de infeções, podendo estas ser semelhantes a uma gripe ou, nos casos mais graves, a pneumonias.
Qual a diferença entre outros coronavírus e o COVID-19?
A principal diferença é que esta nova estirpe, designada COVID-19, nunca tinha sido identificada. Foi detetada pela primeira vez no final do ano passado na China, mais concretamente na cidade de Wuhan.
Quais são as formas de transmissão?
Este novo coronavírus transmite-se através de contactos próximos com pessoas que estejam infetadas, superfícies ou objetos também contaminados.
De forma simples, o vírus passa de pessoa para pessoa através das gotículas libertadas pelo nariz ou boca quando se tosse ou espirra. São estas partículas de saliva contaminadas que podem atingir as mucosas - boca, nariz e olhos - de quem estiver próximo.
As gotículas podem ainda ficar alojadas em objetos e superfícies em que a pessoa contaminada tenha estado. A infeção transmite-se se outras pessoas estiverem em contacto com esses mesmos objetos ou superfícies e, depois, tocar com as mãos nos olhos, no nariz ou na boca.
Os animais domésticos podem transmitir a doença?
As mais recentes informações da Organização Mundial de Saúde indicam que os animais domésticos - como cães e gatos - não podem transmitir o COVID-19. Não há sequer registo de infeções nestes animais de companhia.
A que sintomas devemos estar atentos?
Quem tiver sido infetado pelo COVID-19 pode apresentar os seguintes sintomas: febre, tosse e dificuldade respiratória. Nos casos mais graves, estes sinais de infeção respiratória aguda podem levar a pneumonia grave e causar insuficiência respiratória aguda, falência de órgãos - a começar pelos rins - e, eventualmente, pode causar a morte.
Qual é o período de incubação? Já existe vacina?
O período de incubação, de acordo com a DGS, ainda está a ser investigado pelos cientistas e médicos. A criação de uma vacina também ainda está em desenvolvimento, pois trata-se de uma doença detetada há pouco tempo.
Qual é o tratamento? Podem tomar-se antibióticos?
Tal como na gripe, o tratamento da infeção pelo COVID-19 dirige-se aos sinais e sintomas que a pessoa infetada apresente.
Os antibióticos são eficazes contra bactérias, não contra vírus. Assim, e já que se trata de um vírus da família corona, os antibióticos não devem ser usados para prevenção nem tratamento. Além se não ter qualquer resultado, a utilização destes medicamentos pode contribuir para um aumento da resistência a antimicrobianos.
Como é que as pessoas se podem proteger?
A Organização Mundial de Saúde (OMS) e a DGS recomendam medidas de higiene relativamente básicas para reduzir a possibilidade de contaminação, sendo elas:
- Tapar o nariz e a boca quando se espirra ou tosse, usando para isso um lenço de papel ou o antebraço, nunca as mãos. Depois, deitar o lenço fora.
- Lavar as mãos com frequência, nomeadamente sempre que se assoar, espirrar, tossir ou após contacto direto com pessoas doentes.
- Evitar contactos próximos com pessoas com infeções respiratórias.
Máscara facial: sim ou não?
O uso de máscara para proteção individual não é indicado, exceto para as pessoas que façam parte de algum destes grupos:
- Pessoas com sintomas de infeção respiratória, na forma de tosse ou espirros.
- Pessoas com suspeitas de infeção pelo COVID-19.
- Prestadores de cuidados de saúde a suspeitos de infeção pelo COVID-19.
Posso receber cartas ou encomendas da China?
Sim, sem qualquer problema. A OMS considera seguro e, até agora, não se conhece a capacidade de transmissão do vírus através deste tipo de contactos.
Quem são os contactos próximos?
Consideram-se contactos próximos pessoas que estejam expostas a cuidados de saúde, tais como:
- Quem presta cuidados diretos a doentes infetados com COVID-19.
- Contacto em laboratório com amostras de COVID-19.
- Visitas a doentes ou estar no mesmo espaço com um doente infetado pelo COVID-19.
- Estar em contacto próximo ou num ambiente fechado com um doente com infeção por COVID-19 (como por exemplo numa sala de aula).
Quanto a viagens com doentes infetados pelo COVID-19, estes são considerados contactos próximos:
-
Numa aeronave
- 2 lugares à esquerda do doente, 2 lugares à direita do doente, dois lugares nas duas filas consecutivas à frente do doente e dois lugares nas duas filas consecutivas atrás do doente.
- Companheiros de viagem do doente.
- Quem presta cuidados diretos ao doente.
- Tripulantes de bordo que sirvam a secção do doente.
- Se o doente apresenta sintomatologia grave ou tem grande movimentação dentro da aeronave, considerar todas as pessoas como contacto próximo.
-
Num navio
- Companheiros de viagem.
- Partilha da mesma cabine.
- Prestação de cuidados diretos ao doente.
- Tripulantes de bordo que serviram a cabine do doente.
Pode ainda ser feita uma avaliação caso a caso pelas autoridades de saúde, podendo ser considerados contactos próximos outros indivíduos que não tenham sido aqui referidos.
Vou viajar/estou a regressar de viagem. O que fazer?
Nesta fase, a OMS não recomenda restrições de viagens e trocas comerciais para a China. Se a sua viagem tiver como destino a China, siga as recomendações das autoridades de saúde do país e da OMS (veja o tópico "como é que as pessoas se podem proteger?").
Se estiver a regressar da China - e apresentar sinais que sugiram doenças respiratórias, durante ou após a viagem -, deve ligar para a linha SNS24 (808 24 24 24) e informar os profissionais de saúde sobre as condições em que se encontra e histórico da viagem. Siga sempre as indicações que lhe derem.