Três senhoras abraçadas a sorrir

10 mitos sobre o envelhecimento

Desmistifique os mitos do envelhecimento e descubra como viver com qualidade na terceira idade.

O envelhecimento é um processo natural, mas existem muitas suposições erradas sobre o assunto. À medida que uma pessoa envelhece, pode manter uma vida ativa, de acordo com as suas limitações físicas e de saúde, sobretudo se adotar hábitos e um estilo de vida saudáveis.

Por isso, neste artigo, serão desmistificados 10 mitos comuns sobre o envelhecimento e esclarecidos alguns pontos importantes sobre a vida na terceira idade, que pode ser vivida com muita normalidade e tranquilidade.

Conheça 10 mitos sobre o envelhecimento

1. É normal as pessoas idosas sentirem-se deprimidas e solitárias na terceira idade

Embora o envelhecimento possa trazer sentimentos de solidão ou isolamento para algumas pessoas, a depressão não é uma parte natural do envelhecimento. Sentir-se isolado pode, de facto, contribuir para sintomas depressivos, mas isso não significa que seja inevitável. Muitas vezes, os sintomas de depressão em idosos não são tão evidentes, o que pode dificultar o diagnóstico. É importante procurar ajuda médica caso esses sentimentos persistam. 

2. Com o aumento da idade, precisamos de dormir menos

As pessoas mais velhas precisam de tantas horas de sono como os mais jovens, ou seja, entre sete e nove horas por noite. Contudo, a qualidade do sono tende a diminuir com a idade. Um dos fatores que contribui para isso é o facto de os idosos poderem ter mais dificuldades em adormecer. Por isso, dormir o suficiente é fundamental para envelhecer com saúde.

3. Idosos não conseguem aprender coisas novas

A capacidade de aprender novas competências e melhorar o desempenho cognitivo não diminui com a idade. Na verdade, o envelhecimento pode trazer benefícios, como mais sabedoria e conhecimento acumulado ao longo da vida. Além disso, aprender algo novo, como lidar com as novas tecnologias, pode até melhorar a memória e outras funções cognitivas.

4. É inevitável que pessoas idosas contraiam demência

A demência não é uma parte inevitável do envelhecimento. Embora o risco de desenvolver demência aumente com a idade, não é garantido. A maioria das pessoas com mais de 85 anos não apresenta declínio cognitivo significativo. Perder as chaves ou esquecer um compromisso ocasionalmente é normal, mas se houver mudanças significativas no comportamento ou memória, é importante procurar um médico.

5. Os idosos não devem praticar exercício físico

O exercício e a atividade física são fundamentais para a saúde ao longo de toda a vida. Com a idade, muitas pessoas acreditam que o exercício pode ser prejudicial, especialmente se têm doenças crónicas. No entanto, a prática de atividade física traz enormes benefícios, como a melhoria da saúde física e mental, e ainda contribui para a gestão de condições crónicas.

6. Se tem casos de Alzheimer na família, certamente terá também

Embora ter um familiar próximo com Alzheimer possa aumentar o risco, isso não significa que venha a padecer da doença. Os fatores genéticos desempenham um papel, mas os hábitos e o estilo de vida, como a alimentação e a saúde cardiovascular também influenciam o risco. Adotar um estilo de vida saudável, com exercícios regulares e controlo da pressão arterial, pode reduzir significativamente os riscos.

7. Na terceira idade não se deve conduzir

Apesar das mudanças físicas e cognitivas poderem afetar a capacidade de conduzir, muitas pessoas idosas continuam a conduzir com segurança. A decisão de parar de conduzir não deve ser baseada apenas na idade, mas na capacidade de o fazer de forma segura. A avaliação da saúde e da capacidade de reagir rapidamente ao volante é fundamental para garantir a segurança tanto do condutor como dos outros.

8. Apenas as mulheres devem-se preocupar com a osteoporose

A osteoporose é mais comum nas mulheres, mas também afeta os homens, embora com menor prevalência. A perda óssea acelera em ambos os sexos à medida que envelhecem, especialmente após os 65 anos. Fatores como uma alimentação pobre em cálcio, a falta de exercício, o tabagismo e o consumo excessivo de álcool aumentam o risco em ambos os sexos.

9. Na terceira idade já não faz diferença parar de fumar

Nunca é tarde demais para parar de fumar. Independentemente da idade ou do tempo em que fumou, parar traz benefícios imediatos para a saúde, como a redução de doenças respiratórias e o aumento da energia. O risco de doenças graves como cancro, doenças cardíacas e derrames diminui consideravelmente após parar de fumar, melhorando a qualidade de vida.

10. Se a hipertensão volta a valores normais, pode-se parar a medicação

É importante continuar a tomar a medicação para pressão arterial, mesmo que os valores melhorem. A hipertensão é uma condição crónica que, se não tratada, pode causar sérios problemas de saúde, como AVC e insuficiência renal. A pressão arterial deve ser monitorizada regularmente e a medicação, em geral, deve ser tomada a longo prazo sob a supervisão de um médico.

 

Em suma, ao envelhecer, é essencial combater mitos e falsas crenças.
Muitos desses mitos podem gerar estigmas e atitudes negativas, mas a realidade é que a idade avançada pode ser sinónimo de saúde, aprendizagem contínua e qualidade de vida, desde que adote os cuidados adequados.

Embora muitas pessoas acreditem que o envelhecimento seja um processo inevitável de perda, a verdade é que é possível continuar a viver com ganhos de vitalidade, mantendo o corpo e a mente saudáveis. Ao longo da vida, a troca de experiências entre gerações também é fundamental para o crescimento, permitindo continuar a aprender, a evoluir e a aproveitar as melhores fases da vida. Envelhecer não é perder, mas sim continuar a crescer.


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