Para assinalar o Dia Mundial da Terapia Ocupacional, a 27 de outubro, a Sensicare convidou uma especialista do espaço DIS, em Gondomar, para nos falar mais sobre este tema e explicar em que consiste estas terapias.
"Para quem nunca ouviu este nome: a Terapia Ocupacional (TO) é uma profissão da área da saúde, que pretende que a pessoa atinja a funcionalidade, a independência e a autonomia essenciais para o alcance da saúde, do bem-estar e da participação ativa na sociedade.
Esta é uma profissão que se começou a desenvolver nos Estados Unidos por volta do início do século XX, mas que só surgiu em Portugal no ano de 1957. O que distingue a TO de outras profissões é o facto de se basear nas ocupações significativas da pessoa para a (re)habilitar. Assim, os Terapeutas Ocupacionais fazem um levantamento daquelas que são as ocupações significativas para a pessoa e, posteriormente, avaliam o que possa estar a prejudicar o seu envolvimento nas mesmas.
Estes fatores podem ser pessoais (o que inclui comprometimentos sensoriais, físicos ou cognitivos) ou contextuais (como por exemplo barreiras arquitetónicas ou culturais). Uma vez feita a avaliação, o TO irá ajudar o cliente a ultrapassar os seus obstáculos à participação. Para tal, o terapeuta poderá atuar diretamente nos fatores do seu cliente (estruturas e funções corporais, desenvolvimento de capacidades, entre outros) e/ou no contexto (adaptação de atividades, adaptação de contextos, educação à família/pessoas envolvidas no processo).
Importa referir que a Terapia Ocupacional pode intervir em qualquer fase da vida da pessoa, desde o momento em que esta nasce e até à velhice. Por exemplo, em caso de crianças nascidas prematuramente, poderão encontrar o terapeuta ocupacional a atuar em Unidades de Cuidados Neonatais, por forma a promover o adequado desenvolvimento sensório-motor. No caso da intervenção com idosos, poderão encontrar terapeutas ocupacionais a trabalhar em lares, promovendo a manutenção das suas competências e capacidades, por exemplo para que aqueles se mantenham autónomos nos auto-cuidados e o mais ativos possível.
Abaixo listam-se alguns exemplos de condições em que os terapeutas ocupacionais podem atuar:
- Perturbação do Espectro do Autismo;
- Síndrome de Down;
- Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção;
- Dificuldades de Aprendizagem Específicas (dislexia, disgrafia, discalculia, disortografia);
- Paralisia Cerebral;
- Deficiência congénita;
- Perturbação da Integração Sensorial;
- Lesão (Obstétrica) do Plexo Braquial;
- Atrasos psicomotores e no desenvolvimento;
- Diferentes Síndromes;
- Acidente Vascular Cerebral (AVC);
- Traumatismo crânio-encefálico;
- Artrite Reumatóide;
- Perturbações de ansiedade;
- Depressão;
- Doença bipolar;
- Esquizofrenia;
- Outras condições neurológicas ou ortopédicas;
- Demências (Alzheimer, Parkinson, outras).
Mas o trabalho do TO não se fica por aqui! Isto porque este profissional não tem de restringir o seu trabalho 'à doença'. Os terapeutas ocupacionais podem (e, na verdade, deviam mais) também atuar numa vertente preventiva. Seja, por exemplo, através da criação de grupos de estimulação ao desenvolvimento, de grupos de promoção do Envelhecimento Ativo, através da educação parental ou à comunidade sobre temas específicos e ainda através da atuação em empresas, promovendo a ergonomia no trabalho.
Como podemos ver, a Terapia Ocupacional, profissão ainda tão desconhecida, pode ter um papel importantíssimo na vida de muitas pessoas!
Agora já sabe: se você, um amigo, ou um familiar se depararem com algum impedimento à participação em alguma ou mais atividades, podem realizar uma avaliação em Terapia Ocupacional. Certamente será útil!"
Use o número 962 111 700 ou o email disaudavel@gmail.com para entrar em contacto com o espaço DIS. Para apoiar na mobilidade, visite a página online da Sensicare com produtos dedicados a esta área.